Principais métodos de coloração de cromossomos (bandeamento)
Por Brunno Câmara - quinta-feira, fevereiro 06, 2020
Na citogenética convencional, o melhor momento para analisar os cromossomos de um indivíduo é quando o DNA está na sua forma mais compactada (cromossomo).
Os cromossomos possuem uma estrutura com centrômero e braços.
O centrômero é o ponto de conexão entre os dois braços.
O braço pequeno do cromossomo é denominado pela letra "p" (petit, em francês). Já o braço longo é denominado "q".
Para realizar o exame de cariótipo, é necessário realizar uma coloração dos cromossomos chamada bandeamento.
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Um dos corantes mais utilizados é o Giemsa. Ele é específico para os grupos fosfatos do DNA.
Cada cromossomo tem um padrão de bandeamento que ajuda a identificá-los.
Existem vários métodos de bandeamento de cromossomos. Confira a seguir os principais.
Os cromossomos em metáfase são tratados com tripsina e depois corados com Giemsa.
Regiões de heterocromatina, que tendem a ser ricas em Adenina (A) e Timina (T), possuem menos genes ativos, incorporam mais Giemsa e por isso aparecem como bandas escuras.
Regiões de eucromatina, que tendem a ser ricas em Guanina (G) e Citosina (C), são mais transcricionalmente ativas e incorporam menos Giemsa, aparecendo como bandas claras.
O padrão de bandas é numerado em cada braço, indo do centrômero ao telômero.
É a técnica que produz a coloração reversa ao bandeamento G.
As lâminas são incubadas em tampão fosfato quente e então coradas com Giemsa.
O resultado são regiões ricas em C e G aparecendo como bandas escuras e regiões ricas em A e T aparecendo como bandas claras.
A heterocromatina constitutiva é composta principalmente de um alto número de repetições em tandem, conhecidas como satélites.
Nessa técnica, a heterocromatina constitutiva é corada. Ela, geralmente, localiza-se próxima ao centrômero.
As bandas C são vistas após tratamento com soluções ácidas ou alcalinas, seguido de tratamento com solução salina concentrada e coloração com Giemsa.
Foi o primeiro método de coloração utilizado para produzir padrões de bandas cromossômicas específicas.
Porém, com a utilização de Giemsa, não é mais utilizada.
Os cromossomos são corados com corantes fluorescentes, quinacrina e quinacrina mostarda.
As bandas fluorescentes representam regiões ricas em A e T.
Speicher, Michael R. and Nigel P. Carter. "The New Cytogenetics: Blurring the Boundaries with Molecular Biology." Nature Reviews Genetics, Vol 6. Oct 2005.
Cada cromossomo tem um padrão de bandeamento que ajuda a identificá-los.
Existem vários métodos de bandeamento de cromossomos. Confira a seguir os principais.
Bandeamento G (Giemsa)
Os cromossomos em metáfase são tratados com tripsina e depois corados com Giemsa.
Regiões de heterocromatina, que tendem a ser ricas em Adenina (A) e Timina (T), possuem menos genes ativos, incorporam mais Giemsa e por isso aparecem como bandas escuras.
Regiões de eucromatina, que tendem a ser ricas em Guanina (G) e Citosina (C), são mais transcricionalmente ativas e incorporam menos Giemsa, aparecendo como bandas claras.
O padrão de bandas é numerado em cada braço, indo do centrômero ao telômero.
Bandeamento R (Reverso)
É a técnica que produz a coloração reversa ao bandeamento G.
As lâminas são incubadas em tampão fosfato quente e então coradas com Giemsa.
O resultado são regiões ricas em C e G aparecendo como bandas escuras e regiões ricas em A e T aparecendo como bandas claras.
Bandeamento C (heterocromatina Constitutiva)
A heterocromatina constitutiva é composta principalmente de um alto número de repetições em tandem, conhecidas como satélites.
Nessa técnica, a heterocromatina constitutiva é corada. Ela, geralmente, localiza-se próxima ao centrômero.
As bandas C são vistas após tratamento com soluções ácidas ou alcalinas, seguido de tratamento com solução salina concentrada e coloração com Giemsa.
Bandeamento Q (Quinacrina)
Foi o primeiro método de coloração utilizado para produzir padrões de bandas cromossômicas específicas.
Porém, com a utilização de Giemsa, não é mais utilizada.
Os cromossomos são corados com corantes fluorescentes, quinacrina e quinacrina mostarda.
As bandas fluorescentes representam regiões ricas em A e T.
Referência
LeAnne Noll. Chromosome Structure, Staining, and Naming, 2016.Speicher, Michael R. and Nigel P. Carter. "The New Cytogenetics: Blurring the Boundaries with Molecular Biology." Nature Reviews Genetics, Vol 6. Oct 2005.