Biomédico brasileiro faz parte do grupo de pesquisa do ganhador do Nobel de medicina 2018
Fonte da imagem: currículo Lattes
No dia 01 de outubro, foram anunciados os ganhadores do prêmio Nobel de fisiologia ou medicina 2018. Por meio do biomédico prof. Antônio Neto, fiquei sabendo que o biomédico brasileiro, Jorge Scutti, participa do grupo de pesquisa do ganhador americano, James P. Allison que trabalha com a proteína de linfócitos T, CTLA-4. Inclusive, Scutti tem coautoria em artigos com Allison.
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Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.
O biomédico Jorge Scutti possui graduação em Biomedicina, Mestrado e Doutorado em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo. Fez pós-doutorado no Hospital Israelita Albert Einstein com ênfase na avaliação do microambiente aterosclerótico e participação das proteínas BMP (Bone Morphogenetic Proteins) e postdoctoral Fellow no MD Anderson Cancer Center - Houston (Texas) no Departamento de Pediatria. com ênfase no desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas em Imunoterapia para Glioma Pontino Difusamente Intrínseco (DIPG) utilizando células NK como efetoras e inibidores de histonas acetilases (HDACi).
Atualmente é Research Scientist do MD Anderson Cancer Center no Departamento de Imunologia o qual é responsável pela avaliação do perfil imunológico de pacientes submetidos a Clinical trials com inibidores de checkpoints (checkpoint inhibitors) tais como Ipilimumab e Nivolumab.
Como Scutti conheceu Allison
Em entrevista ao blog “Cadê a cura” da Folha de São Paulo, Jorge Scutti conta como acabou trabalhando com Nobel de medicina de 2018.
Ele conta que por gostar de programas de TV como o desenho animado “Laboratório de Dexter” e “Mundo de Beakman”, sabia que seu destino era a ciência. Sendo assim, aos 18 anos começou a cursar biomedicina no interior de São Paulo e se apaixonou pela imunologia. Gostou tanto que fez mestrado e doutorado nessa área.
Depois de finalizar o doutorado, Scutti começou seu pós-doutorado no departamento de pediatria do MD Anderson Cancer Center em Houston, Texas, EUA. Após esse período, começou sua carreira como pesquisador da plataforma de imunoterapia do MD Anderson, liderada pelo agora laureado James Allison.
“Eu me encontrava com James Allison periodicamente em nossa reunião semanal. É um sujeito inteligentíssimo, cavalheiro e extremamente humilde, apesar do vasto conhecimento. Ele adorava que os pesquisadores trouxessem desafios, sentia-se bem ao ser estimulado intelectualmente. Foram três anos de muito aprendizado, de noites sem dormir, de viagens a congressos, de discussões longuíssimas… Mas tudo valeu pena.”, afirma o biomédico ao blog Cadê a cura.
Deixo aqui meus parabéns a Scutti, por mostrar que quando se quer, é possível chegar longe. Inclusive sendo Biomédico! Com certeza é um grande incentivo a todos os biomédicos do Brasil.
Aproveito para deixar o convite para uma entrevista no blog e também no Biomedcast (contato: blogbiomedicinapadrao@gmail.com).
Referências e fontes
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0086807906383110
Blog Cadê a cura (Folha de São Paulo): https://cadeacura.blogfolha.uol.com.br/
Anu Sharma, Sumit K Subudhi, Jorge Blando, Jorge Scutti, Luis Vence, Jennifer A. Wargo, James P. Allison, Antoni Ribas and Padmanee Sharma. Anti-CTLA-4 immunotherapy does not deplete FOXP3+ regulatory T cells (Tregs) in human cancers. Clin Cancer Res July 27 2018.