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O aumento do número absoluto (>500/uL) de eosinófilos é denominado eosinofilia, ou eosinocitose.
A eosinofilia participa de resposta imune às parasitoses, em que linfócitos T são estimulados pelos antígenos exógenos e secretam IL-5, que serve como uma estimuladora de eosinófilos (eosinofilopoetina).
Confira a seguir as principais parasitoses que cursam com eosinofilia.
A eosinofilia em infecções por Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis é muito frequente no Brasil. Todos esses parasitas fazem ciclo pulmonar e podem causar a síndrome de Loeffler, que é caracterizada pelo acúmulo de eosinófilos nos pulmões em resposta à infecção parasitária.
Depois, a eosinofilia é diretamente proporcional ao tamanho da carga parasitária. Se houver grande número de parasitas, a eosinofilia pode chegar a mais de 50.000/uL. Ancilostomídeos e S. stercoralis também provocam anemia.
Eosinofilia em infecções por Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura é incomum.
Todos nematódeos teciduais causam eosinofilia, geralmente em quantidade superior a 2.000/uL. Nesse grupo estão Trichinella spiralis e Toxocara canis/catis. Ancylostoma brasiliense e caninus, causam larva migrans cutânea e, caso façam ciclo pulmonar, provocam eosinofilia. Wuchereria bancrofti causa eosinofilia constante.
Taenia saginata e T. solium, se estiverem solitárias no intestino, podem causar eosinofilia moderada e inconstante. O mesmo acontece na cisticercose e no cisto hidático (Echinococcus granulosus).
Durante a dermatite e na síndrome febril causada pelo Schistosoma mansoni a eosinofilia está presente. Quando está localizado nos tecidos, com hiperesplenismo e pancitopenia, o aumento de eosinófilos é inconstante.
Entre os protozoários, somente Dientamoeba fragilis e Isospora belli provocam eosinofilia.
Entre os protozoários, somente Dientamoeba fragilis e Isospora belli provocam eosinofilia.
Referência
A. V. Hoffbrand; P. A. H. Moss. Fundamentos em Hematologia. Artmed, 6ª ed., 2012. (Tradução: Renato Failace)