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Giardia lamblia (G. duodenalis, G. intestinalis) | Biomedicina Padrão

Giardia lamblia (G. duodenalis, G. intestinalis)

Por Brunno Câmara - segunda-feira, março 10, 2014

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Giardia lamblia reproduzindo-se por divisão binária. Stan Erlandsen, CDC’s Public Health Image Library

O gênero Giardia inclui parasitas flagelados do intestino delgado de animais, sendo possivelmente o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido, descrito primeiramente por Anton van Leeuwenhoek em 1681.

São algumas espécies conhecidas a Giardia duodenalis (infecta mamíferos, aves e répteis), G. muris (roedores, aves e répteis) e G. agilis (anfíbios), entre outras.

Vamos focar na G. duodenalis, responsável pela infecção no ser humano. Aliás, existem várias denominações para essa mesma espécie, sendo elas: G. lamblia, G. duodenalis e G. intestinalis.

Em países menos desenvolvidos, a doença causada por esse protozoário, chamada giardíase, é uma das causas mais comuns de diarreia entre crianças.

Morfologia

Existem duas formas evolutivas de Giardia: o cisto e o trofozoíto.

O trofozoíto tem forma de pera, com simetria bilateral, medindo cerca de 20 µm de comprimento por 10 µm de largura. Em seu interior são encontrados dois núcleos. Possui quatro pares de flagelos.

 
Trofozoíto de G. lamblia. Imagem: DPDx/CDC

O cisto tem forma oval, medindo cerca de 12 µm de comprimento por 8 µm de largura. Encontra-se dois ou quatro núcleos em seu interior.

 
Cisto de G. lamblia. Imagem: DPDx/CDC

Infecção/Transmissão

A via normal de infecção do homem é pela ingestão de cistos (através de água e alimentos contaminados), sendo que a ingestão de um número pequeno (10 a 100) é suficiente para causar a infecção.

O desencistamento começa quando o cisto entra em contato com o meio ácido do estômago, sendo completado no duodeno e jejuno. Logo após, ocorre a colonização pelos trofozoítos, que se multiplicam por divisão binária longitudinal.

Sintomatologia

Vai desde pacientes assintomáticos a pacientes que apresentam quadro de diarreia aguda, insônia, náuseas, vômitos, dor abdominal, má absorção e perda de peso.

Diagnóstico laboratorial

No exame parasitológico de fezes, encontra-se cistos nas fezes formadas e trofozoítos nas fezes diarreicas.

Tratamento

Metronidazol, tinidazol, ornidazol, mebendazol e albendazol.

Com informações de NEVES, D. P. Parasitologia Humana. Editora Atheneu.
Imagens: Laboratory Identification of Parasites of Public Health Concern

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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