Giardia lamblia (G. duodenalis, G. intestinalis)
Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:
- Hematologia básica clique aqui
- Anemias clique aqui
- Onco-hematologia clique aqui
- Interpretando o hemograma clique aqui
- Curso de Hematologia (10% off) clique aqui
- Preparatório de Análises Clínicas para Residência e Concurso clique aqui
Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.
Giardia lamblia reproduzindo-se por divisão binária. Stan Erlandsen, CDC’s Public Health Image Library
O gênero Giardia inclui parasitas flagelados do intestino delgado de animais, sendo possivelmente o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido, descrito primeiramente por Anton van Leeuwenhoek em 1681.
São algumas espécies conhecidas a Giardia duodenalis (infecta mamíferos, aves e répteis), G. muris (roedores, aves e répteis) e G. agilis (anfíbios), entre outras.
Vamos focar na G. duodenalis, responsável pela infecção no ser humano. Aliás, existem várias denominações para essa mesma espécie, sendo elas: G. lamblia, G. duodenalis e G. intestinalis.
Em países menos desenvolvidos, a doença causada por esse protozoário, chamada giardíase, é uma das causas mais comuns de diarreia entre crianças.
Morfologia
Existem duas formas evolutivas de Giardia: o cisto e o trofozoíto.
O trofozoíto tem forma de pera, com simetria bilateral, medindo cerca de 20 µm de comprimento por 10 µm de largura. Em seu interior são encontrados dois núcleos. Possui quatro pares de flagelos.
Trofozoíto de G. lamblia. Imagem: DPDx/CDC
O cisto tem forma oval, medindo cerca de 12 µm de comprimento por 8 µm de largura. Encontra-se dois ou quatro núcleos em seu interior.
Cisto de G. lamblia. Imagem: DPDx/CDC
Infecção/Transmissão
A via normal de infecção do homem é pela ingestão de cistos (através de água e alimentos contaminados), sendo que a ingestão de um número pequeno (10 a 100) é suficiente para causar a infecção.
O desencistamento começa quando o cisto entra em contato com o meio ácido do estômago, sendo completado no duodeno e jejuno. Logo após, ocorre a colonização pelos trofozoítos, que se multiplicam por divisão binária longitudinal.
Sintomatologia
Vai desde pacientes assintomáticos a pacientes que apresentam quadro de diarreia aguda, insônia, náuseas, vômitos, dor abdominal, má absorção e perda de peso.
Diagnóstico laboratorial
No exame parasitológico de fezes, encontra-se cistos nas fezes formadas e trofozoítos nas fezes diarreicas.
Tratamento
Metronidazol, tinidazol, ornidazol, mebendazol e albendazol.
Com informações de NEVES, D. P. Parasitologia Humana. Editora Atheneu.
Imagens: Laboratory Identification of Parasites of Public Health Concern