Aplicação da Biologia Molecular na Hematologia
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A aplicação cada vez mais abrangente de técnicas de biologia molecular em análises clínicas pode ser resumida por meio do uso de três métodos cientificamente aprovados para esse fim: PCR, FISH e Southern blotting.
No Southern blotting, o DNA é extraído de células e tratado com enzimas que rompem as ligações químicas entre determinadas bases nitrogenadas da molécula de DNA. Essas enzimas, provindas de bactérias, são conhecidas por endonucleases de restrição. Os fragmentos de DNA resultantes são separados eletroforeticamente e revelados através de géis.
A PCR possibilita a síntese de fragmentos de DNA, usando a enzima DNA-polimerase, a mesma que participa da replicação do material genético nas células. Esta enzima sintetiza uma sequência complementar de DNA, desde que um pequeno fragmento (o iniciador, ou primer, em inglês) já esteja ligado a uma das cadeias do DNA no ponto escolhido para o início da síntese. Os iniciadores definem a sequência a ser replicada e o resultado obtido é a amplificação de uma determinada sequência DNA com bilhões de cópias.
Hibridização fluorescente in situ (FISH) é um método usado para identificar partes especificas de um cromossomo. A técnica envolve a preparação de pequenas sequências fita simples de DNA, chamadas sondas, que são complementares à sequência de DNA que os pesquisadores desejam marcar e examinar. Essas sondas hibridizam, ou ligam, à fita complementar e, como elas são marcados com marcadores fluorescentes, permitem que os pesquisadores vejam a localidade daquelas sequências de DNA.
Aplicação da Biologia Molecular em Hematologia
As aplicações da tecnologia molecular em hematologia podem elucidar o conhecimento das alterações moleculares de doenças, tal como ocorre atualmente na caracterização das lesões do gene da globina beta nas talassemias do tipo beta e na identificação dos haplótipos da Hb S.
Entre as técnicas, a PCR revolucionou as tendências de aplicabilidade da biologia molecular, não somente pela sua simplicidade, mas pelo rápido diagnóstico de doenças infecciosas, na detecção de doença residual mínima em diversas malignidades hematológicas onde se conhece o defeito molecular, e notadamente na detecção de portadores e no diagnóstico pré-natal de hemofilias e anemias hereditárias.
A FISH é particularmente útil na demonstração de monossomias e ou trissomias cromossômicas, bem como nas translocações – notadamente para a identificação da leucemia mieloide crônica – e também na detecção de deleções e amplificações de genes específicos.
NAOUM, P. C. Avanços tecnológicos em hematologia laboratorial. Rev. bras. hematol. hemoter. 2001.