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Linfócitos T CD4: Th1 e Th2 | Biomedicina Padrão

Linfócitos T CD4: Th1 e Th2

Por Brunno Câmara - segunda-feira, novembro 04, 2019


Este post foi atualizado em 04 de novembro de 2019

Os linfócitos T CD4+, também chamado de auxiliar (Helper), ativados secretam citocinas que promovem o crescimento, diferenciação e funções de linfócitos B, macrófagos e outras células.

Dois subgrupos desses linfócitos podem ser definidos pelo tipo de citocinas que secretam: Th1 (T helper 1) e Th2 (T helper 2).

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Mas antes de se tornarem Th1 ou Th2, esses linfócitos T estão em estado de quiescência (subst.: que está em repouso), sendo denominados Th naive ou virgens.

Até esse momento o único papel deles é produzir interleucina 2 (IL-2) e expressar receptores para a mesma. O principal efeito da IL-2 é autócrino, ou seja, age na própria célula que a está secretando.

Você também precisa saber o que são linfócitos T reguladores.

Depois de um estímulo mínimo as Th naive passam para a circulação, passando a designar-se Th0 (zero).

Quando ocorre um estímulo mais acentuado acontece a diferenciação do Th0 em Th1 ou Th2:

  • A citocina que induz as células Th0 a diferenciarem-se em Th1 é a IL-12.
  • A citocina que induz as células Th0 a diferenciarem-se em Th2 é a IL-4.

Tipos de resposta / função

Outra maneira de diferenciar essas células é pelo padrão de resposta, depois de ativadas:

Th1

As Th1 produzem citocinas relacionadas principalmente com a defesa mediada por fagocitose contra agentes infecciosos intracelulares, como Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α).

Th2

As Th2 secretam IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, relacionadas com a produção de anticorpos IgE e reações imunes mediadas por eosinófilos e mastócitos contra alérgenos e helmintos.

Após a ativação destas duas subpopulações, Th1 e Th2 influenciam-se mutuamente e de forma antagônica:

  • Th1 produz INF-γ que inibe as células Th2;
  • Th2 produz IL-10 que inibe as células Th1.

E assim, a atividade dessas células fica controlada e o sistema imune em equilíbrio.

Referência

Abbas, A. K et al. Imunologia Celular e Molecular. Elsevier, 8ª ed. 2015.

VAZ, A. J.; TAKEI, K.; BUENO, E. C.; Imunoensaios: Fundamentos e aplicações. RJ: Guanabara Koogan, 2007.

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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