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Como identificar linfócitos atípicos | Biomedicina Padrão

Como identificar linfócitos atípicos

Por Brunno Câmara - segunda-feira, setembro 10, 2012


Este post foi atualizado em 05 de novembro de 2019

Nomenclatura

A primeira coisa que temos que ficar atentos, é a nomenclatura. Atualmente, chamamos de linfócitos reativo todos aqueles linfócitos encontrados no sangue periférico que foram ativados em resposta à um estímulo antigênico.

O outro tipo de linfócito que podemos encontrar são os linfócitos clonais, relacionados principalmente com neoplasias linfoproliferativas como leucemias, mieloma múltiplo e linfomas.

Então, o termo linfócito atípico não deve ser mais utilizado, e sim devemos chamá-los de linfócitos reativos.

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Morfologia

O linfócito reativo apresenta variações nos detalhes morfológicos e nas características dos marcadores de superfície. Em algumas situações ele é facilmente identificado como sendo uma célula intermediária entre o linfócito e o plasmócito.

Linfócitos reativos apresentam uma variedade de características morfológicas. Mas existem dois tipos mais comuns.

Semelhante a imunoblastos

Aqueles com morfologia semelhante a imunoblastos são células grandes com elevada razão núcleo/citoplasma (citoplasma mais escasso). Sua cromatina é condensada e seu citoplasma é basofílico.


Citoplasma abundante

Outra variação do linfócito reativo tem uma cromatina menos condensada, citoplasma azul pálido que, na lâmina, parece estar "abraçando" as hemácias adjacentes.

Eles podem ser encontrados em uma variedade de condições, mas geralmente estão aumentados em casos de mononucleose infecciosa devido à infecção pelo Vírus Epstein-Barr (EBV).


Como diferenciar um linfócito reativo de um monócito

Monócitos medem cerca de 12 a 20 mícrons em diâmetro, e possuem um citoplasma abundante e azul-acinzentado, com grânulos azurofílicos finos.

Vacúolos citoplasmáticos podem estar presentes. O núcleo é irregular, indentado ou riniforme. Sua cromatina é condensada, porém é mais fina do que a de neutrófilos maduros e linfócitos em repouso.


Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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